Inteligencia Emocional

O que é inteligencia emocional?.

Miguel Dantas e Christiano Vaz

3/4/20234 min read

O que é inteligência emocional?

A inteligência é uma característica complexa e multifacetada da mente humana que permite ao indivíduo compreender e resolver problemas, aprender, compreender conceitos, pensar de forma criativa e ter uma boa capacidade de raciocínio. Também se relaciona com a habilidade de adaptação e resiliência em situações novas ou desafiadoras. A definição de inteligência é objeto de debate há muito tempo entre psicólogos e filósofos, e existem muitas teorias sobre o que constitui esse construto. Algumas dessas teorias sugerem que é uma capacidade geral, enquanto outras argumentam que ela é composta por várias habilidades distintas. No entanto, ainda não há consenso sobre uma definição universalmente aceita de inteligência.

Hoje uma das teorias mais aceitas e aplicadas por educadores é a teoria das inteligências múltiplas, proposta pelo psicólogo Howard Gardner, que sugere que a inteligência humana não pode ser medida por um único teste de QI, mas sim por várias habilidades cognitivas diferentes. Gardner identificou inicialmente sete inteligências múltiplas: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Posteriormente, ele adicionou uma oitava inteligência, a naturalista. Cada uma dessas inteligências é independente das outras e reflete uma capacidade ou potencial específico, embora possam interagir e se complementar em diversas tarefas.

Inteligência cognitiva

A inteligência cognitiva é uma dimensão da inteligência que se concentra nas habilidades mentais relacionadas à aquisição, processamento e uso da informação. Isso inclui habilidades como atenção, percepção, memória, pensamento crítico, resolução de problemas, aprendizagem, linguagem e inteligência matemática. A inteligência cognitiva é geralmente medida por testes padronizados, como o Escore de Quociente Intelectual (QI), que avaliam as habilidades mentais gerais e a capacidade de aprendizagem.

No século passado o QI, ou quociente de inteligência, foi amplamente disseminado como uma forma de avaliar a inteligência e prever o desempenho das pessoas. Ele é uma medida de inteligência geral baseada em testes padronizados que avaliam habilidades cognitivas, como raciocínio lógico, resolução de problemas, habilidades verbais, habilidades numéricas, memória e habilidades espaciais. É calculado comparando o desempenho do indivíduo nos testes com o desempenho médio da população em geral. O valor médio de QI é 100, com uma variação típica entre 85 e 115.

Essa medida foi desenvolvida no início do século XX pelo psicólogo francês Alfred Binet, com o objetivo de identificar crianças que precisavam de atenção especial na escola. Desde então, o QI tem sido amplamente utilizado em diversas áreas, incluindo psicologia, educação, recrutamento e seleção de pessoal, entre outras. No entanto, o uso do QI como medida de inteligência geral tem sido criticado por alguns psicólogos, que argumentam que a inteligência é um construto muito complexo para ser medido por uma única medida e que o QI leva em conta outros aspectos importantes da inteligência, como criatividade, habilidades sociais e emocionais, entre outros.

Inteligência emocional

Segundo Daniel Goleman, a inteligência socioemocional é a capacidade de compreender e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros. É a habilidade de usar as emoções para melhorar a própria performance e ajudar os outros a alcançar seus objetivos. Isso inclui habilidades como a empatia, a autoconsciência, a autogestão emocional, a habilidade de motivar a si mesmo e a habilidade de estabelecer relacionamentos positivos com os outros.

  • Autoconhecimento emocional - a capacidade de reconhecer as próprias emoções e como elas afetam os pensamentos e comportamentos.

  • Controle emocional - a capacidade de lidar com as próprias emoções de forma saudável e equilibrada, sem deixar que elas dominem a situação.

  • Automotivação - a capacidade de se motivar e perseverar diante dos desafios, mesmo quando não se sente no melhor estado emocional.

  • Empatia - a capacidade de reconhecer as emoções de outras pessoas e entender seus pontos de vista e perspectivas.

  • Habilidades sociais - a capacidade de se comunicar efetivamente, trabalhar em equipe, resolver conflitos e liderar outras pessoas.

Por muito tempo acreditou-se que essas habilidades eram inatas e não podiam ser desenvolvidas, ou se nasciam com elas ou não. Goleman foi o responsável por disseminar as teorias que comprovam que é possível sim desenvolver a inteligência emocional e a importância de desenvolvê-la, e assim lança um novo conceito, o QE(quociente emocional). O desenvolvimento do QE ajuda as pessoas a serem mais bem-sucedidas em seus relacionamentos, no trabalho e na vida pessoal, pois lhes permite compreender e lidar de forma eficaz com as emoções e as relações interpessoais. De acordo com esse autor é o grande diferencial quando se fala em promoção no trabalho. Ou seja, quando dois profissionais têm capacidades técnicas bem próximas, o que diferencia um do outro é o QE. Além disso, contribui para a resolução de conflitos, a construção de relacionamentos saudáveis e a promoção de uma vida emocionalmente equilibrada.

Existe inteligência cognitiva sem inteligência emocional?

A inteligência emocional e a inteligência cognitiva são conceitos distintos, mas interrelacionados. se refere à habilidade de compreender e gerenciar as próprias emoções, bem como as emoções dos outros. Isso inclui a capacidade de reconhecer e nomear as próprias emoções, compreender como elas influenciam o pensamento e o comportamento, e usar essa compreensão para regular as emoções de maneira efetiva. Enquanto a inteligência emocional é uma habilidade importante para o bem-estar pessoal e profissional, a inteligência cognitiva também é importante. A inteligência cognitiva se refere à habilidade de aprender, compreender e aplicar conhecimentos e habilidades. Isso inclui habilidades como resolução de problemas, pensamento crítico, aprendizagem rápida e memória.

Em teoria, é possível ter inteligência cognitiva sem inteligência emocional, mas na prática, a inteligência emocional e cognitiva se complementam. Portanto a inteligência emocional, segundo Daniel Goleman, é o que separa um bom profissional, que sabe fazer bem o seu trabalho, de um ótimo profissional que sabe como fazer o seu trabalho e como gerar um ambiente positivo e que gera bem estar e aprendizado para todos os envolvidos. Ou seja, quanto maior o nível técnico de um trabalho, mais as habilidades socioemocionais são um grande diferencial profissional.